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Anos 90etal

Ideias, visões, pensamentos, vivências de alguém nascido nos 90's

Anos 90etal

Ideias, visões, pensamentos, vivências de alguém nascido nos 90's

05.03.20

O que é não é

Matias

Afinal é o que não é...

É muito mau estares em casa e sofreres porque amanhã é dia de ires trabalhar. Sabes que vais chegar lá e que vai ser duro. Há sempre coisas que não gostamos, é certo. Mas chegares ao ponto de a ansiedade ser tal que te pára o pensamento e as ações.

Não é o facto do trabalho em si ser duro... é mais a antecipação que fazes por saberes que por mais que te esforces e faças tudo bem, que isso nunca é suficiente e que estás sempre sozinho em cada passo que tu dás.

Todos os locais têm altos e baixos e que o normal é estares bem e de vez em quando afundas, mas aí tu sabes que é passageiro e aguentas o barco... porque sabes que mais cedo ou mais tarde tudo voltará ao normal!

O pior é quando o normal é estar mal! Quando tens de acordar todos os dias para lutares para manter algo que está mal. Sabes que às vezes vai estar em alta, mas que na verdade irá sempre voltar ao normal... que é estar no fundo! Que motivação para fazer frente a isso? Quando o que é não é afinal! 

É duro... psicológicamente duro! Remas contra a maré até que o barco avance, mas sempre sabendo que irá voltar para tras.

Porque quando o que é não é, por mais força de vontade que tenhas, nunca o poderá ser!

09.09.19

De Bom Coração

Matias

Já lá vai!

Faz este ano, 11 anos que fui caloiro... caraças... 11 anos! Se 10 anos, já me parecia absurdo, 11 anos parece-me absurdo mais um! (Desculpem, foi só uma piadinha.)

Entrei na segunda fase do concurso, porque tive de voltar a fazer os exames de acesso (naquele ano e para o curso em questão era só Biologia), isto porque durante o secundário andei a "brincar" e como tinha média de 16 a Biologia e não tinha perspetiva de seguir para a Universidade, fiz o exame com o intuito de que a média da cadeira no final fosse positiva (e assim foi, só que para nota de ingresso  não bastava).

Lá consegui e fui meio à toa... uma cidade que não conhecia e pela qual me apaixonei! Na primeira noite, apanhei também a minha primeira borracheira (não sigam o exemplo) e devido a isso andava nas ruas como se estivesse no Space Mountain da Disney (coisa que nunca andei, mas imagino a sensação). Ao menos tive a capacidade de oferecer a minha senha para jantar na cantina a um outro caloiro (que ainda hoje faz parte do meu grupo de amigos), já que me fui deitar às 19h.

Olhando para o plano curricular do curso, a cadeira de Biologia e Bioquímica era aquela que me inspirava mais confiança no primeiro semestre... era aquela que eu pensei que fosse a única que eu iria conseguir fazer! Pois, mas não... estava completamente errado... foi logo a primeira a que chumbei! Na verdade, no primeiro semestre do primeiro ano não fiz qualquer uma das cadeiras (shame on me)... mas eu era um puto e deslumbrei-me com a primeira vez fora de casa e descuidei-me! Culpa minha!

Andei uns tempos a mais para finalizar o curso, mas nunca desisti! A certa altura penso que embirrei com certas cadeiras o que não me ajudou a concretiza-las como deveria ser. 

O ano de caloiro foi muito bom (e é este que deixa sempre saudade), o segundo ano foi mais ou menos e os seguintes foram mais duros... psicologicamente, foi desgastante a certos níveis! Mas aqui estou... 

Desculpem o desabafo... Só tenho pena que, em parte, o mercado de trabalho não reflita aquilo que é o percurso académico e todas as suas envolventes (falo por mim, que fiquei um pouco desiludido com o curso que tirei)! Várias vezes sinto que deveria ter seguido outro caminho, mas é neste que estou! Custa-me a perceber a filosofia das empresas e o jeito das pessoas se tratarem... não dão valor a ninguém, vê-se pouco respeito, trabalha-se no meio de ambientes pesados, etc... dizem que sou da "Geração Rascas", mas grande parte das vezes andamos a lidar com os patrões e chefes da suposta "Boa Geração" (gerações anteriores) que de bom coração, têm muito pouco.

01.08.19

Quando Não Ter.. É Melhor Do Que Ter

Matias

Assim, em jeito de desabafo...

Quando não ter, é melhor do que ter.

Tinha emprego, tinha trabalho e bastante. Não quero ser arrogante, mas...

Tinha tudo... Menos paz!

Quando nos deitamos com ele na cabeça e acordamos com ele às voltas na barriga... Quando o caminho são 5 minutos, mas parece uma vida porque já projetas na mente o dia que aí vem!

Tinha tudo... ou quase! 

Dizem que temos de ser resistentes à pressão, mas quando o teu trabalho acaba por ser a própria pressão e lidas com isso segundo a segundo que até te esqueces que tens de respirar.

Tentas pensar em 50 coisas ao mesmo tempo, porque é esse o teu trabalho. Se erras, tens 50 dedos apontados a ti. Conseguiste fazer 49, mas falhaste 1... Porque quando tentavas apagar o fogo com água, no teu balde só te punham acendalhas.

Quando tens 26, 27, 28 anos e tens de gerir pessoas com idade para serem teus tios e pais, mas não sabes se choram porque têm fome ou se têm xixi na fralda. Graúdos que se portam como putos e ainda são tratados com respeito, mas parece que pedem que se grite com eles. Não é o meu jeito!

Eu tentei... Tentei muito! 

Não sei se agora o trabalho é uma nova doença, porque se é, a resiliência e perseverança não são a sua cura.

Quando não ter, é melhor do que ter! Os dias passavam, mas eu não! O aperto por dentro era o mesmo. Agora sinto-me melhor, libertado de amarras que não deixavam caminhar.

Hei-de voltar à luta, mas apenas quando a cabeça estiver no lugar. 

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